VOCÊ USA OU CONSAGRA MEDICINAS DA FLORESTA?
Nesta era onde as sagradas medicinas da floresta tomam
posse do seu lugar nas grandes metrópoles, vemos esta questão junto a uma
comunidade de pessoas que investem o seu crescimento e reconhecimento através
das sabedorias ancestrais. Todas as medicinas consagradas em templos
espiritualistas, casas terapêuticas ou roda de amigos vêm tomando uma proporção
gigantesca a quem, antes delas, vivia numa redoma de escuridão e pré-conceitos
sobre como funcionaria uma medicina indígena. Isso nos coloca uma questão. As
pessoas sabem consagrar as sagradas medicinas da floresta?
O termo CONSAGRAR no dicionário vem de “investir(-se)
de caráter ou funções sagradas; sagrar(-se)”, ou seja, consagrar é estar em contato
com algo sagrado ou sacralizar algo. Quando “usamos” as medicinas sagradas,
tomamos posse dos seus benefícios fitoterápicos e até mesmo energéticos
conforme a vibração dela. Já quando as consagramos trazemos para a nossa
energia a sacralização do nosso corpo físico e espiritual, fazemos um ritual
interno de comunhão com o sagrado e descobrimos este sagrado em nós. Na cultura
indígena, as medicinas têm a função de “recordar” que somos seres de luz, de
nos curar da nossa inconsciência que não fala a verdade sobre quem nós somos ou
o que estamos fazendo aqui. Trabalhar a expansão de consciência através das
medicinas da floresta é descobrir a imensidão interna que habita cada ser e nos
tirar o véu da ilusão que nos prende a algo limitado e incapaz, muito diferente
do que a nossa própria essência nos mostra. As medicinas da floresta têm a
capacidade de acender uma chama que, na inconsciência, jamais imaginaríamos que
fôssemos capazes. As distrações da era moderna e cheia de afazeres e
responsabilidades que nem sempre nos preenchem abriram uma lacuna para um
“vazio” que necessita ser olhado e reconhecido. É nesta lacuna que atuam as
medicinas da floresta. E nela nos reconhecemos e nos capacitamos a mudar aquilo
que não está em conformidade com o ser que realmente somos. Porém, não basta
“usar” uma medicina. Para encontrar o sagrado em você, você deve consagrar a
medicina! Tudo fora é espelho do que está dentro. Se buscarmos o sagrado no
lugar certo, lá encontraremos!
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